“Comigo é assim. Se eu tenho que falar, eu falo na cara. Não tem hora e nem lugar. Falo e pronto. Eu sou uma pessoa sincera”. Neusa fala com orgulho, como se isto fosse uma grande virtude. Para ela, sinceridade é sinônimo de franqueza. Mas será mesmo?
Sinceridade é colocar o outro em primeiro lugar e não extravasar o nosso ego de qualquer maneira. Isto é franqueza e está mais associada à falta de educação, sendo o oposto de sinceridade.
Sinceridade é buscar a palavra certa para aquela determinada pessoa, no melhor momento e na melhor forma.
Sinceridade também é dar valor à sua própria palavra. É falar o que se faz e fazer o que se fala. Se alguém diz algo, não há por que duvidar, porque ele ou ela é uma pessoa sincera. Se precisamos fazer algum tipo de desconto, porque ela costuma exagerar, então, ela não é uma pessoa sincera.
Sinceridade é pontualidade. Uma pessoa que não é pontual frequentemente é porque não é uma pessoa sincera. Primeiro, ela não está respeitando o tempo do outro. Segundo, ela não está respeitando a própria palavra. Terceiro, se ela se atrasa porque sempre ocorrem imprevistos, é porque ela não é organizada ou não está dando uma margem de tempo de segurança a fim de honrar a sua palavra. Falta de sinceridade.
Sinceridade é colocar espírito, sentimento, em tudo que se faz.
Sinceridade é fazer as coisas com qualidade. Meu pai já dizia: “tudo que merece ser feito, merece ser bem-feito”.
Sinceridade é estar presente cem por cento, de forma plena, vivendo integralmente o momento.
Sinceridade é ouvir verdadeiramente o que está sendo dito e o que não está sendo falado.
Sinceridade é exercer a simpatia autêntica e não apenas a simpatia aparente.
Sinceridade é não mentir.
Sinceridade é não trair.
Sinceridade é jogar o lixo no local certo.
Sinceridade é cumprir as normas de trânsito, mesmo quando o “pardal” ou o guarda não estão por perto.
Sinceridade é buscar ser justo, mesmo quando tudo parece ser injusto.
Sinceridade é pagar o imposto devido, não porque quer, mas porque é o correto.
Sinceridade é não furar a fila.
Sinceridade é dizer bom dia ou boa noite, desejando verdadeiramente isto para a outra pessoa.
Sinceridade é não fazer algo errado quando ninguém está vendo.
Sinceridade é não roubar no jogo de cartas.
Sinceridade é não deixar de pagar as pequenas dívidas, que ficam esquecidas.
Sinceridade é não criticar por detrás da pessoa.
Sinceridade é devolver o troco que veio a mais.
Sinceridade é se identificar quando arranhar o carro do vizinho, mesmo que ninguém tenha visto.
Sinceridade é fazer questão de pagar a sua parte na conta do restaurante.
Sinceridade é fazer o bem.
Sinceridade é construir felicidade para o outro e para si mesmo.
Sinceridade é refletir bem antes de responder a pergunta “você é uma pessoa sincera? O quanto?”
Julio Sampaio (PCC, ICF)
Mentor do MCI – Mentoring Coaching Institute
Diretor da Resultado Consultoria Empresarial