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Quando Renata vence seus medos

Autor: Christiane Dumont

Quando menina, Renata, a caçula da família, tinha muito medo de insetos, especialmente de aranhas. Não importava o tamanho: pequenas, médias ou grandes, todas possuíam um poder especial de gerar pânico na menininha.

Uma vez, uma daquelas aranhas papa-moscas, bem pequenininha, pulou no colo de Renata quando ela estava almoçando e foi um tal de voar prato, copo e tudo mais que havia em cima da mesa. Os pais e irmãos se assustaram com a intensidade da reação da Renatinha e, sem que precisassem se falar ou combinar nada, decidiram se tornar os guarda-costas da menina.

No início, a família protegia Renata das aranhas, lagartixas, besouros e outros insetos indesejados, que apareciam vez ou outro na varanda do apartamento, que se debruçava sobre uma pequena floresta.

Mais tarde, meninas invejosas ou mais bonitas do que Renata eram devidamente desconvidadas a fazer parte do grupo de amizades da pré-adolescente.

Na fase dos namoros, Renata não tinha sossego. A família inteira precisava aprovar o pretendente, antes que ela pudesse ir ao cinema. À tarde, é lógico.

Renata cresceu assim. Com medo de aranhas e lagartixas. Com medo de outras mulheres e do que elas podiam tirar dela. Com medo dos homens e do que eles poderiam fazer com ela. Com medo do chefe, com medo da festa, com medo de viajar, com medo de viver.

A vida de Renata ficou absolutamente sem graça. Não gostava muito de sair de casa, quando muito, com uma única amiga; frequentava sempre os mesmos bares e passava os feriados nos mesmos lugares.

Renata, para se proteger das coisas ruins da vida, acabou também se protegendo das coisas boas.

Depois de três anos trabalhando na mesma empresa, o chefe da Renata a chama para conversar e oferece uma promoção: nova cidade, nova equipe, mais responsabilidade e um salário muito melhor.

Renata congela. Não sabe o que fazer. Onde estavam os pais o os irmãos para livrá-la daquele problema? Renata pediu para responder no dia seguinte.

De manhã, antes de ir para o trabalho, resolve dar um mergulho na praia. O mar estava calmo e a água fresca. De repente, uma onda começa a se formar no horizonte. Renata não presta muita atenção e continua a boiar. Quando se levanta, percebe que a onda era muito maior do que imaginara, vira-se de costas para correr quando percebe estar longe demais da areia.

Olha de volta para onda e não vê outra solução a não ser encher os pulmões de ar, correr em direção a ela e furá-la. Renata consegue. Se recobra do susto, respira aliviada e pensa no que acabou de acontecer: tinha transformado a energia do medo em coragem.

Naquele mesmo dia, ao chegar ao escritório, Renata enche os pulmões de ar, abre a porta da sala do chefe e diz: Eu aceito!

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É claro que questões como estas não se resolvem

num único insight momentâneo.

 

Mas um processo de coaching, realizado por um profissional capacitado, é capaz de gerar vários insights e uma nova e poderosa consciência.

Coaching é uma metodologia baseada em “insight learning”, que acontece através de uma parceria entre o “pensador ou cliente” e o “facilitador do pensamento ou coach”. O coach, através da sua presença, da sua escuta ativa e do questionamento provocador, sustenta e apoia a conversa que o cliente tem consigo próprio. Por isso, ao final de um processo de coaching, o cliente se sente com o controle da vida e confiante de que pode realizar tudo o que deseja.

Se você deseja PENSAR sobre problemas, objetivos, dúvidas, caminhos a trilhar, um Coach Profissional será sempre um excelente parceiro.

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Meu próximo post será sobre a história de Simone, uma mulher que confunde sua vida com a da própria filha.

Se você quiser receber um e-book ilustrado com as 9 Pequenas Grandes Histórias, acesse https://www.christianedumont.com/meus-livros.

 

Christiane Dumont

Membro do MCI – Mentoring Coaching Institute

Membro da ICF – International Coach Federation

Coach de Vida e Carreira

Autora do livro: Como Morar na China sem Engolir Sapo nem Comer Cachorro 

Site: christianedumont.com

Insta: chris.dumont.rotstein