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O dia em que Gil foi ao cinema

Autor: Chris Dumont

Desde pequeno que Gil não desgrudava da TV: filme, desenho, novela, série, musical, não importava: qualquer programa tinha alguma coisa de legal para ser descoberta.

Na escola, Gil gostava de ler, decorar as historinhas e depois recontar do seu jeito para os coleguinhas que faziam uma rodinha só para ouvi-lo.

Na adolescência, Gil fazia parte do grupo de teatro da escola e, todos os dias, depois da aula, ficava até mais tarde decorando suas falas, arrumando o palco ou criando fantasias.

No espetáculo do final de ano, Gil interpretou um homem de 40 anos que, tomado pela infelicidade da vida, assassina a mulher e os filhos. O drama fez sucesso, Gil se destacou pela atuação e chamou a atenção do pai que começou a não gostar nada daquilo.

Queria que o filho fosse jogar futebol como os outros meninos, que trouxesse meninas para casa e enchesse a cara, de vez em quando. Gil, no entanto, só queria ler um novo livro ou assistir a filmes antigos na TV.

No terceiro ano do Ensino Médio, Gil revelou a família que queria ser ator. A mãe quase enfartou, os irmãos riram da palhaçada e o pai, agora certo de que o filho era gay, ameaçou expulsá-lo de casa se ele continuasse com aquela maluquice.

Gil não aguentou a pressão da família e acabou se tornando advogado. Vivia enfiado em processos que discorriam sobre o lado mais cruel do ser humano, sem fantasia, sem fundo musical, sem final feliz.

Gil foi definhando. Se casou, teve filhos e o sorriso, antes sempre aberto e iluminado, deu lugar a uma ruga entre os olhos. Não saía mais de casa, nem para ir ao cinema. O papo interessante de antigamente, sobre o desempenho de algum novo ator, ficou chato e repetitivo: estou cansado; trabalho demais; ainda falta muito para eu me aposentar. Gil não saía mais de casa.

Numa segunda-feira de manhã, no dia do seu aniversário de 40 anos, Gil chegou ao trabalho e, diante de uma mesa cheia de papéis, teve uma profunda vontade de chorar. Ainda assim, sentou-se e abriu a pasta onde havia um novo processo: “Homem de meia idade assassina mulher e filhos e senta para assistir televisão”.

Gil se levanta, num misto de medo e euforia, coloca a mochila nas costas e vai embora para casa. Mas antes, dá uma passadinha pelo cinema e compra ingressos para a família inteira assistir ao novo filme em cartaz, depois de anos sem sair de casa.

No dia seguinte, Gil se matricula no curso de teatro o qual frequenta, todos os dias, após o trabalho.

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É claro que questões como estas não se resolvem

num único insight momentâneo.

 

Mas um processo de coaching, realizado por um profissional capacitado, é capaz de gerar vários insights e uma nova e poderosa consciência.

Coaching é uma metodologia baseada em “insight learning”, que acontece através de uma parceria entre o “pensador ou cliente” e o “facilitador do pensamento ou coach”. O coach, através da sua presença, da sua escuta ativa e do questionamento provocador, sustenta e apoia a conversa que o cliente tem consigo próprio. Por isso, ao final de um processo de coaching, o cliente se sente com o controle da vida e confiante de que pode realizar tudo o que deseja.

Se você deseja PENSAR sobre problemas, objetivos, dúvidas, caminhos a trilhar, um Coach Profissional será sempre um excelente parceiro.

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Meu próximo post será sobre a história de Vivi, uma mulher aterrorizada por monstros imaginários.

Se você quiser receber um e-book ilustrado com as 9 Pequenas Grandes Histórias, acesse https://www.christianedumont.com/meus-livros.

 

Christiane Dumont

Membro do MCI – Mentoring Coaching Institute

Membro da ICF – International Coach Federation

Coach de Vida e Carreira

Autora do livro: Como Morar na China sem Engolir Sapo nem Comer Cachorro 

Site: christianedumont.com

Insta: chris.dumont.rotstein