Maria sempre se sentiu rejeitada pelos pais. Não tinha certeza da rejeição, mas tinha certeza do sentimento. Vivia a vida sempre na expectativa do abandono. A amiga não ligou de volta? Deve ter falado algo que não devia. O gato fugiu? Era péssima dona. O namorado desapareceu? Ele era bom demais para ela.
Maria passou por várias empresas e vários relacionamentos amorosos. Cada vez que encontrava o lugar dos seus sonhos ou o parceiro da sua vida, Maria dava um jeito de achar um defeito, um inconveniente e sair fora.
Maria conheceu João. João era extremamente responsável. Desde pequeno era o melhor da sala. Deveres de casa limpos e corretos. Bom ouvido. Bom amigo. Aquele do “deixa disso”. Maria e João se encontram pela vida. Maria vê em João o seu porto seguro, alguém em quem confiar. João vê em Maria alguém para proteger. Se amam, se casam, se empurram e, finalmente, se acomodam.
João engorda. Maria acha que ele não a quer mais. Maria vê na barriga de João uma espécie de rejeição. Maria reclama o dia inteiro. João não vê mais em Maria alguém para proteger, mas um fardo pesado na sua vida tão cheia de responsabilidades. João está cansado demais para o “deixa disso”.
Um dia Maria e João vão a uma dessas festinhas de criança. João se apressa em pegar um saquinho de pipocas. Maria reclama do tamanho da sua barriga. João se vira e vai embora, largando Maria sozinha na festa. Maria finalmente estava certa: no fim, todos a abandonavam.
No dia seguinte, Maria acorda e olha para João na cama. Um pedaço da sua barriga está saindo para fora da camisa de algodão do pijama. Era grande sim, mas até que simpática. Maria olha para as suas próprias pernas, com algumas veias aparentes, mal depiladas e com celulites. Quem era Maria, com aquelas pernas malcuidadas, para falar da barriga de João? E o que era uma pequena barriga diante do grande homem que ele sempre foi para ela?
E foi nesta fração de segundos que Maria entendeu que ELA é quem estava abandonando João. E que o medo de ser rejeitada a estava levando a criticar tudo aquilo que lhe trazia felicidade.
Maria se levantou, preparou duas xícaras de café com leite e um pirex de pipocas. João acordou com o mais inusitado dos cafés da manhã e sorriu.
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É claro que questões como estas não se resolvem
num único insight momentâneo.
Mas um processo de coaching, realizado por um profissional capacitado, é capaz de gerar vários insights e uma nova e poderosa consciência.
Coaching é uma metodologia baseada em “insight learning”, que acontece através de uma parceria entre o “pensador ou cliente” e o “facilitador do pensamento ou coach”. O coach, através da sua presença, da sua escuta ativa e do questionamento provocador, sustenta e apoia a conversa que o cliente tem consigo próprio. Por isso, ao final de um processo de coaching, o cliente se sente com o controle da vida e confiante de que pode realizar tudo o que deseja.
Se você deseja PENSAR sobre problemas, objetivos, dúvidas, caminhos a trilhar, um Coach Profissional será sempre um excelente parceiro.
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Meu próximo post será sobre a história de Carminha, uma mulher que se vê frente a uma doença grave.
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Christiane Dumont
Membro do MCI – Mentoring Coaching Institute
Membro da ICF – International Coach Federation
Coach de Vida e Carreira
Autora do livro: Como Morar na China sem Engolir Sapo nem Comer Cachorro
Site: christianedumont.com
Insta: chris.dumont.rotstein
