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Sorte e Azar em relação ao Dinheiro

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Neste momento se inicia uma crise mundial, em proporções que não podemos prever. Já sabemos, porém, que ela terá impacto monstruoso na economia dos países e das famílias. Somos lembrados que temos um poder relativo sobre os fatos.  

Do ponto de vista puramente racional, algumas coisas estão sob o nosso inteiro domínio, e nos é cobrada a responsabilidade por elas. Sobre uma parcela um pouco maior talvez, podemos dizer que exercemos algum tipo de influência, de forma direta ou indireta. E para todo o resto, somos levados a pensar que são coisas que acontecem, que fogem completamente à nossa gestão ou mesmo influência. São coisas que entram na categoria de sorte ou azar.  

É o que pensa um conhecido meu. Ele enfrenta dificuldades com o seu negócio desde antes da crise do governo Dilma. Era perceptível que o seu segmento passava por fortes transformações e que, talvez, ele não estivesse acompanhando, atualizando-se às novas exigências do mercado. A duras penas, ele prosseguiu, atribuindo os problemas a questões externas (política, economia, lavajato...etc), queimou boa parte do patrimônio que tinha e ainda se endividou. A chegada do coronavirus ocorre quando ele iria se levantar. É uma questão de falta de sorte, ele desabafa. Neste momento, ele não vislumbra muito o que pode fazer. Seus negócios estão parados. 

Mas será que é isto mesmo? Uma questão de sorte?  Minha teoria é que não é bem assim. Quando colhemos um fruto, podemos não ver a semente, mas sabemos que ela existe. Uma semente de feijão não poderá gerar um abacate, por exemplo. É algo tão óbvio que seria desnecessário dizer.  

Podemos dizer que é uma lei da grande natureza, gostemos ou não dela, compreendamos ou não, a sua origem. Se decidirmos modificá-la, desrespeitá-la ou simplesmente ignorá-la, não conseguiremos. Esta é uma importante diferença entre este tipo de lei e às humanas, transitórias, imperfeitas e corrompíveis. 

E como isto se aplica ao dinheiro ou aos negócios? Da mesma maneira que existiram sementes (para o meu conhecido, imperceptíveis), que fizeram com que ele enfrente agora uma situação bem mais complicada, há outros tipos de sementes que também não enxergamos ou compreendemos. 

Podemos pensar de forma coletiva, como na economia mundial, em países, como a China, USA, Brasil ou Venezuela, em empresas ou em nós mesmos, individualmente. Além do que conseguimos enxergar, ou mesmo explicar pela história, cultura, formação ou biologia, há sementes invisíveis que influenciaram os frutos que estamos colhendo. Chamo estas sementes de créditos ou débitos invisíveis (espirituais), no caso, em relação ao dinheiro. Não temos como mudar o que já foi plantado, mas temos como plantar hoje o que queremos colher amanhã (ou quem sabe, ainda hoje, um pouco mais tarde?). 

A boa notícia é que tanto para nós, quanto para este conhecido, o jogo ainda não acabou e podemos fazer uso destas sementes invisíveis. Que tipo de sementes são estas? Isto é assunto do próximo artigo. Até lá! 

 

 

Julio Sampaio 

Mentor e Fundador do MCI – Mentoring Coaching Institute 

Diretor da Resultado Consultoria

Texto Publicado no Portal Amazônia