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Metas: a materialização dos sonhos

Autor: Julio Sampaio

Viver os sonhos é mais do que desfrutá-los, ainda no plano invisível, embora isto não seja pouco. É também deixá-los viver. Eles não surgem por uma lógica, de um processo racional e porque é correto ter aquele determinado sonho. Eles simplesmente brotam de algum lugar, sem pedir licença. Estando no plano invisível, porém, eles precisarão de nós para se materializarem. Talvez possamos matá-los ou podemos transformá-los em realidade. Neste caso, sim, depende de nós, pelo menos em grande parte.

Há coisas que estão plenamente sob o nosso domínio, outras em que temos uma influência direta e ainda outras, em que ela será indireta e parcial, fruto do merecimento que gerarmos, positivo ou negativo. Vimos isso, em um dos primeiros artigos desta série, quando abordamos a gestão de nosso dinheiro. No momento, interessa destacar apenas esta diferenciação, pois elas nos ajudam a trazer a importância das metas, que representam exatamente a ponte entre os Sonhos e a Realidade.

É conhecido o conceito de que metas devem corresponder a sigla SMART (que em inglês, significa: específica, mensurável, alcançável, realizável e temporal). Quem desejar se aprofundar no assunto, não terá dificuldades em encontrar uma explicação mais detalhada. Uma boa meta deve contemplar todos estes aspectos.

John Whitmore no clássico Coaching para Alto desempenho, classifica alguns tipos de metas, que podem ser de uso muito prático. O primeiro é o que ele chama de Meta de Chegada. Por exemplo, se estabeleço para mim mesmo a meta de ser o campeão de vendas da empresa, no programa de incentivo do ano. Em parte, depende de mim, mas também do desempenho de outros vendedores.

Esta meta de Chegada, pode então ser desdobrada em Meta de Desempenho. Neste caso, posso pensar: se conseguir atingir 150% da minha meta, acredito que serei o campeão de vendas do ano. Esta será a minha meta de desempenho.

Mas não é fácil chegar a uma cobertura de 150% da meta do ano. Para atingir este resultado, precisarei trabalhar muito e melhor. Precisarei fazer x contatos, y propostas, prospectar z clientes, realizar w reuniões por mês, semana ou dia. Precisarei definir uma Meta de Trabalho ou Meta de Processo para realizar tudo isso.

Alinhando Meta de Chegada, Meta de Desempenho e Meta de Trabalho, eu trago para o concreto o que antes estava no nível abstrato, ou seja, no invisível.

Uma outra maneira de trazer uma meta futura para o hoje e para ações concretas, nos é ensinado por Gary Keller, no seu livro A única Coisa. Neste caso, o desdobramento é feito por uma sequência de perguntas que nos ajudam a estabelecer metas temporais.

Qual o seu sonho? O que você deseja para a sua vida, em um momento qualquer? Numa ocasião em um workshop, uma participante respondeu: quero ser uma atriz famosa. O diálogo se sucedeu com uma série de perguntas descritas a seguir e respostas, do tipo, que podemos fazer para nós mesmos.

Para que isto aconteça um dia, o que precisaria ter acontecido em 5 anos? Ela respondeu: estar atuando como atriz. E para que você esteja atuando como atriz em 5 anos, o que precisaria ter feito em 1 ano? Resposta: ter concluído um curso de teatro. Nova pergunta: para que você tenha concluído o curso em 1 ano, o que precisa acontecer em 1 mês? Resposta: Ter me matriculado em um curso. Mais uma pergunta: e em uma semana? Ter escolhido este curso. E finalmente, o que você poderia fazer hoje para que isso tudo aconteça e que um dia você realize o seu sonho? A resposta desta participante foi:  buscar na internet as opções de curso de teatro e as condições e calendário destes cursos.

Há outras maneiras de fazermos a ponte entre nossos sonhos e a nossa realidade. A ponte entre o invisível e o visível. Qual seria a sua maneira? Qual a sua meta de chegada? O que você deseja para a sua vida, em um momento qualquer?

 

 

Julio Sampaio

Mentor e Fundador do MCI – Mentoring Coaching Institute

Diretor da Resultado Consultoria

Autor do Livro: O Espírito do Dinheiro (Editora Ponto Vital)